Coração

Tremer

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Sempre. Pode tremer-me a voz. Hoje tremeu. Várias vezes. A verdade e o que me ia na alma, no entanto, saiu. E talvez de uma forma muito menos coerente e clara do que eu pretendia. Colocarmo-nos sem qualquer tipo de filtro a alguém, quando os sentimentos gritam, o nosso “discurso” pode não ser linear e ter mesmo pausas. O meu hoje teve. Momentos em que tive a noção de que o silêncio “falou” mais alto. E tive consciência de que se  tivesse tido troca de olhares e expressões … teria sido mais produtiva. Consegui, no entanto, ficar mais calma do que estava de manhã. E continuo a acreditar que conversar é sempre melhor. Porque ouvimos frases que nos apaziguam a alma e o coração. E corremos o risco de, também, ouvir frases que nos fazem pensar. Pensar. Acho que é o que mais tenho feito nos últimos tempos. Algo há-de sair. Fumo branco. Ou cor de rosa. :) ♡

Coração

Sozinha

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Ando a sentir-me sozinha. Não é culpa de ninguém. Tenho muita gente no meu Mundo de Afectos. Sei que posso contar com eles sempre. De forma incondicional. Sei que tenho muitas pessoas com quem posso falar. Desabafar. Discutir ideias e emoções. A questão é que há alturas da nossa vida em que a conversa só faz sentido se for connosco mesmo. Tenho que ouvir o meu coração e a minha cabeça. Achamos, quase sempre,  que nos dão indicações contrárias. Nem sempre. Hoje ouvi muita música. Foi a minha terapia enquanto pensava e conversava comigo mesma. Sozinha.

Coração, Fotografia

Casamento

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O meu dia de casamento esteve longe de ser perfeito. Aquele dia que sonhamos, desde pequenas, seja o mais feliz da nossa vida… não foi. Tive a Igreja, o vestido branco, a família e os amigos, a festa… mas não foi lindo. Não senti a felicidade que vejo nalgumas noivas. Se calhar, por isso mesmo,  adoro fotos de casamento em que transparece de forma tão evidente e inequívoca a felicidade dos noivos.

Esta composição de fotos colocada pela Tânia Ribas de Oliveira tocou-me por esse motivo. Os sorrisos e olhares dizem tudo. Eles foram uns noivos felizes. ♡ E parece-me que continuam a ser um casal feliz com um filhote lindo.Adoro “assistir” a momentos assim. Mesmo não conhecendo as pessoas. Felicidade é felicidade. Sendo de alguém próxima de nós ou não. :) ♡

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Coração, Curiosidades, Sobrinhos

Jardim

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Ontem no Estádio do Dragão. A estreia dos meus dois sobrinhos S. num jogo de futebol. Ele amou. Ela nem por isso. Ao fim de dez minutos diz ela com ar entediado “gosto mais de hóquei do que de futebol”. E pronto. Temos opinião formada da minha princesa de cinco anos. Ainda na primeira parte um jogador levanta um bocado de relva ao rematar. Diz ela muito indignada “Pai, eles estão a estragar o jardim!”. Gargalhada geral. Adorei a reacção do meu cunhado que ADORA futebol. “Mais uma dessas e não te trago mais à bola.”. Amei. :) Do melhor da noite.

Amizade, Coração

Conversa

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Eu sei que bato sempre na mesma tecla. Acho que começo a perceber que, às vezes, perco com isso. No entanto,  a maioria das vezes acho que ganho. Desde sempre acreditei que conversar é o melhor remédio para – quase – tudo. Há alturas em que é melhor deixar a poeira assentar.  Em caso de discussões, coisa que fujo como o Diabo da Cruz, acredito que o melhor será uma das partes ter a calma para parar e retomar a conversa com a cabeça fria.

Eu sei que quero sempre falar sobre as coisas. Sei que pergunto directamente o que se passa quando acho que alguém não está bem comigo. A maioria das vezes esclareço e a vida avança. Sem minhocas na cabeça. Sem questões sem resposta. E conhecendo – me como me conheço acho que vou continuar a fazê-lo. Porque resulta. Porque me sinto em paz depois. Porque desfaço nós. E custa-me dizer “conversa” e “fala” a pessoas que adoro e ver que não o fazem e o emaranhado de nós se aperta. :( 💟

Amizade, Coração, Sobrinhos

Amizade & Princesas

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As minhas sobrinhas S. e L. nasceram no mesmo ano. A L. em Julho e a S. em Novembro. Cresceram juntas a conhecerem-se cada vez melhor a cada encontro da nossa framily. Tornaram-se amigas inseparáveis de brincadeiras e cúmplices. Já nos pregaram um valente susto ao resolverem “fugir do Mundo”e ir brincar às duas para uma casa de banho do local onde festejavam um aniversário.

Ontem, no aniversário da L. aproximei-me das duas e apercebi-me que ela estava a chorar. A S. passava-lhe ternamente a mão pelas costas e dizia “Tenho muita pena mas não posso fazer nada.” Percebi o que se estava a passar. O meu cunhado tinha dito à S. que iam embora e a aniversariante queria brincar mais. Tentei animar a pequenina de seis anos e ajudar a S. nos mimos. Achei uma doçura esta amizade das minhas duas princesas. Tão pequenas e já tão unidas e fraternais. Quando me despedi de todos, estava uma amiga da L. do infantário a abraça-la. Outra tentativa de animar a nossa doce L. Estas crianças dão lições a muita gente grande. 💟 E são nossas. 💟

Amizade, Coração

Manas

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E hoje fiz a minha mana C. feliz.  Ela andava há dias a dizer que queria muito ir a um concerto.  E hoje,  a caminho do trabalho,  lembrei-me de lhe oferecer o bilhete de aniversário. Muito adiantado dado que ela faz anos em Novembro. Ela ficou tão feliz. E eu Feliz por ela. Fazer os outros felizes é, por vezes, tão fácil.  Basta estar atento e poder concretizar desejos e sonhos.  Hoje vou dormir com um sorriso no rosto. Ela merece pelo que luta diariamente. Pela irmã e amiga fabulosa que é.  Tenho muita sorte nas irmãs que a vida me deu. E ontem ajudei ao ser intermediária na prenda que o meu cunhado ofereceu à minha mana R. Ela também ficou radiante. Tenho duas irmãs felizes. E eu feliz. Por elas e com elas.  💟💟

Coração

Câmara

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Adorei a frase. Num dia que começou com muito choro e acabou com sorrisos de felicidade ao ver a minha irmã R. radiante com a prenda surpresa que o meu cunhado lhe deu. As fotos da manhã ficaram nos negativos. As do fim do dia eu revelei-as. :)

Coração

Decisões

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Eu mudei. Todos mudamos. Só me lembro da minha vida enquanto tal, com recordações, a partir dos dez anos. E como mudei entretanto. De menina tímida em Coimbra para a menina extrovertida no Porto. Teve tudo que ver com a cidade e com quem vivi. Duas tias. Muito diferentes. Tenho a agradecer às duas terem feito parte do meu crescimento enquanto pessoa. Numa fase tão importante quanto a adolescência. Uma dos meus dez aos quinze anos. Outra dos meus quinze aos vinte anos. O que é certo é que a menina faladora e beijoqueira “nasceu” no Porto. E casou, a acreditar que era para sempre. E divorciou-se ao fim de menos de dois anos, a ter que ver a dura realidade de que não há príncipes encantados e que o conto de fadas teve um fim. Doloroso. Complicado. E que, como tantas outras coisas, nos muda.

Comecei outro relacionamento. Olhando para trás, talvez tenha sido demasiado cedo. Talvez devesse ter deixado o coração fazer o luto da relação que não resultou. Não o fiz. O que é certo é que tomamos as decisões baseadas no que nos parece correcto na altura. E o melhor amigo virou marido. Faz para o ano duas décadas de vida.

Não sou a mesma. Abdiquei do sonho de ser mãe pelo casamento. E noto que,  em vez de ter aceite e aprendido a lidar com a falta, tem sido cada vez pior. Acho que o facto de toda a gente ter tido (durante estes anos) filhos e, de repente, olhar ao meu redor e eu ser a única a quem um pequeno ser não chama “mãe” bate forte. Mais uma vez a dúvida vem à cabeça. Terá sido a atitude mais certa? Na altura foi uma luta de que desisti. Sempre achei que um filho seria para ter a dois. Não era. Só eu o queria e desejava. Não tive.

E agora estou numa estrada com vários caminhos. Numa altura da vida em que tenho que pensar no que quero fazer. Eu. O que será para mim a “felicidade”. O que me preenche. O que poderei -ainda – alcançar e que poderei até já ter tido mas perdido na caminhada da vida. Ou decidir ficar e lutar. Ou. Ou. Ou. Na vida temos um manancial de decisões a tomar. Fi-lo há pouco com a profissão. Decidi ir para uma loja de rua porque achei que seria o melhor para mim. Decisão tomada com a mais completa noção de que ia perder e ganhar. E tomei-a. Não de forma indolor. Todas as decisões e mudanças implicam dor. A partir do momento em que o faço, não olho para trás. Sigo em frente. De alma e coração. Uma das minhas mais vincadas características.

Sou bastante pragmática apesar de ser muito “coração”. Sou mais racional do que muita gente pensa. E cheguei a um ponto da minha vida em que tenho que olhar para dentro. Pensar. Fazer algo que não é o meu forte. Ficar em silêncio e ouvir. O meu coração e a minha cabeça. Sei que, o que decidir, vou fazê-lo de forma clara e linear. Com a certeza de que vou ganhar e perder. Sem a certeza de que isso será o melhor para mim. Porque isso, Alice, só o futuro o dirá. Uma bola de cristal ajudaria. Mas no mundo real, e não no tal Mundo das Maravilhas, tal coisa não existe.