Coração

Cortes cirúrgicos


Cheguei à conclusão que faço cortes cirúrgicos. Mesmo sem ser cirurgiã e sem bisturi. Durante demasiado tempo tive na minha vida pessoas que me faziam mal. Que me tiravam energia. Que me alugavam até a um limite de quase não conseguir respirar. E, durante anos, achei que tinha que estar sempre presente. E não me permitia a mim própria afastar-me. A minha psicoterapeuta dizia que eu era um “mata-borrão”. Absorvia tudo. As tristezas e os problemas de todos. E isso fazia-me infeliz. A terapia ajudou. A vida também. Agora consigo afastar-me quando vejo que algo ou alguém escurece o meu mundo. É então que faço os tais cortes cirúrgicos. Como qualquer corte, doem e sangram. Mas valem a pena.

Música

Concerto

Foi este sorriso que me conquistou. Genuíno. Vi-a ao vivo no Pavilhão Atlântico há dois dias. Simpática, a abraçar os fãs e completamente sem peneiras de vedeta. Para além disso, durante duas horas, arrebatou uma plateia de 18.000 pessoas. Com uma energia contagiante. Adorei vê-la dançar. Para além do famoso balançar de ancas, esta colombiana que fala português com sotaque brasileiro, dança como poucos. Fantástica. Saí rendida. Eu, que só tinha curiosidade em ver uma grande produção, estou a ouvi-la enquanto escrevo este post. Shakira, acho que ganhaste uma fã. :)

Não gosto de

Não gosto de… magia

 

Dizer que não gosto de magia é pouco. Acho que tenho mesmo aversão a tudo o que são truques de cartas, cortar alguém ao meio dentro de uma caixa, tirar coelhos da cartola, e por aí fora. Basta-me ver um minuto daquilo e apetece-me fugir. Para bem longe. Já sabem, nunca me convidem para nada do género. Porque vai-me sair um rotundo não da boca. Bem grande. :)

Amizade

Amizade no feminino

Toda a gente as conhece. Eu gosto da ideia da amizade feminina que rodeia a série. Da ideia que podemos ter amigas para a vida. De termos alguém com quem comentar tudo aquilo que não interessa nada à maioria dos homens. Da cor do verniz à última compra de roupa. De onde conseguimos encontrar as calças de ganga mais bonitas do mercado. Com isto não quero dizer que as mulheres falam só de roupa e compras. É fantástico como passamos do arrotar do bebé mais recente para a cimeira da Nato, passando por uma qualquer posição sexual interessante. E, é verdade, conseguimos falar horas a divagar por mil e um assuntos. E, no dia seguinte, voltar ao mesmo. Há homens que me dizem que não entendem. Pois, lamento, mas são coisas de mulheres. :)

Cinema

Harry Potter

Estreia esta semana. Acho fantástico o mundo mágico criado pela J.K. Rowling. Confesso que prefiro os livros aos filmes. Devorei-os desde o primeiro volume. É preciso uma imaginação prodigiosa para conseguir criar um universo em que as fotografias mexem, existem guloseimas com sabor a tudo e mais alguma coisa, e o comboio se apanha na plataforma 9 e 3/4. Só faltam dois para o fim da aventura. Vou ter saudades do início das aulas em Hogwarts. :)

Gosto de

Gosto de… brincos

 

Eu reconheço. Tenho muitos. A minha mãe deu-me uma caixa de madeira linda para os colocar. Organizei-os por cores. Isto de ter cerca de oitenta pares exige organização! :) Mesmo assim, adoro sempre que recebo um novo par. Gosto deles grandes, médios, coloridos, sóbrios … enfim, acho que é paixão mesmo. Há sempre um tom de verde que falta. Uns que até ficavam bem com um determinado vestido. E a colecção aumenta. Como não gosto de coleccionar sapatos e carteiras, como a maior parte das minhas amigas mulheres, faço-o com os brincos. Podia dar-me para pior. :)

Música

Rua da Saudade

Adoro esta canção. Para além de ser cantada pela Susana Felix, que admiro, tem uma letra fantástica. De Ary dos Santos.

Aqui vai:

De linho te vesti
de nardos te enfeitei
amor que nunca vi
mas sei.

Sei dos teus olhos acesos na noite
– sinais de bem despertar –
sei dos teus braços abertos a todos
que morrem devagar.

Sei meu amor inventado que um dia
teu corpo pode acender
uma fogueira de sol e de fúria
que nos verá nascer.

Irei beber em ti
o vinho que pisei
o fel do que sofri
e dei.

Dei do meu corpo um chicote de força.
Rasei meus olhos com água.
Dei do meu sangue uma espada de raiva
e uma lança de mágoa.

Dei do meu sonho uma corda de insónias
cravei meus braços com setas
descobri rosas alarguei cidades
e construí poetas.

E nunca te encontrei
na estrada do que fiz
amor que nunca logrei
mas quis.

Sei meu amor inventado que um dia
teu corpo há-de acender
uma fogueira de sol e de fúria
que nos verá nascer.

Então:
nem choros nem medos nem uivos
nem gritos nem pedras nem facas
nem fomes nem secas nem feras
nem ferros nem farpas nem farsas
nem forcas nem cardos nem dardos

nem guerras
José Carlos Ary dos Santos
Séries

Uma família moderna

 

Comecei a ver a série há pouco tempo. Diverte-me. Uma família cheia de gente disfuncional. Como aliás, a de todos nós. O casal gay com a filha adoptiva vietnamita. O casal com três filhos, a “certinha”, a rebelde e o hiperactivo. E o patriarca da família com uma mulher diva, que chega ao casamento com um puto castiço. Retratam situações do dia-a-dia, com um humor assertivo. Parabéns a quem teve a excelente ideia de juntar estes actores e fazer uma série original. Quem gosta de séries, agradece.

Curiosidades

Compras on-line

 

No início da minha vida de casada, há uns bons anos atrás, gostava de ir às compras. Acho que fazia parte da ideia de ser “boa dona de casa”. Passou-me rapidamente. Agora é um sacrifício passar horas a procurar isto e aquilo. Irritam-me os carrinhos de compras. A espera nas filas para pagar. Então, conto com o Continente on-line. :) Em casa, escolho tudo na calma da minha sala. E, o melhor de tudo, é evitar as constantes viagens do carro até casa carregada de sacos. Até estar tudo aqui num 1º andar, sem elevador. Como hoje. Obrigada, Continente. :)

Cinema

História de amor

 

Deve ser, provavelmente, a história de amor de que eu mais gosto. Por se tratar de um amor com personagens adultas e maduras, que não é muito habitual serem retratadas no cinema. Por não ter um “happy ending”, como 99% dos filmes deste género. Por retratar um encontro fortuito e que muda a vida dos dois protagonistas para sempre. E tem uma frase que não me canso de ouvir. “This kind of certainty happens once in a lifetime.”, diz o Clint Eastwood, quase no final do filme. Digam lá que não é romântico? :)